Câncer de Intestino Grosso e Reto
O câncer de intestino grosso e reto está entre os mais comuns em incidência na população brasileira (perde para pulmão, mama e próstata). A sua aparição é incidental na imensa maioria dos pacientes, porém em um pequeno grupo de pacientes, um fator hereditário pode estar presente e deve ser identificado, para que os descendentes possam ser rastreados.
Esses tumores podem se desenvolver lentamente, evoluindo a partir de alguns tipos de pólipos, ou aparecer inicialmente como tumor maligno. Podem ser prevenidos (ressecção dos pólipos) ou diagnosticados precocemente com a colonoscopia. Nos casos em que não existe suspeita de hereditariedade, esta prevenção deve ser iniciada aos 45 anos de idade.
Diagnóstico
O câncer colorretal pode se desenvolver por um bom período de tempo sem sintomas, daí a necessidade dos exames de prevenção. De acordo com o local do intestino ou reto afetados, os sintomas podem variar. São eles:
Cólon Direito (lado direito do intestino grosso) – Esta região do intestino possui um calibre maior com presença de fezes mais amolecidas. Portanto, sintomas de obstrução intestinal são mais raros, e aparecem quando o tumor já está avançado. Os sintomas mais comuns são anemia de causa desconhecida, alternância de hábito intestinal (constipação/diarreia), infecção de causa desconhecida (como endocardite, por exemplo), emagrecimento e adinamia.
Cólon Esquerdo (lado esquerdo do intestino grosso) – Nesta região o calibre o intestino é menor e as fezes são mais sólidas, portanto os sintomas como constipação acompanhada de cólicas abdominais podem se instalar precocemente, associados ou não a saída de muco (catarro) nas fezes, sangramento anal discreto, emagrecimento e adinamia.
Reto – No reto os sintomas de sangramento e saída de muco podem ser mais importantes, associados ou não à sensação de necessidade de evacuar (sem conseguir eliminar fezes) e de evacuação incompleta.
Tratamento
A princípio, o tratamento destes tumores é cirúrgico. Porém grandes mudanças vem sendo implementadas, ocasionadas por novos medicamentos. Essas mudanças consistem em ordenar qual tratamento será usado inicialmente (quimioterapia e/ou radioterapia pré-operatória, cirurgia inicial, quimioterapia pós-operatória, etc), e qual ou quais opções devemos ter após a cirurgia.
O avanço dos medicamentos nos últimos anos tem revolucionado o resultado da quimioterapia, elevando a taxa de resposta ao tratamento de 10-20% para atuais 80%. Essas decisões terapêuticas devem ser tomadas dentro de uma equipe multiprofissional, em comum acordo com o paciente.
Devido à alta taxa de cura nos tumores desta região, o diagnóstico precoce é fundamental para que taxas de até 95% de cura possam ser alcançadas, daí a importância da colonoscopia.